
Os apartamentos e loja na Rua do Rosário resultam da reabilitação de um edifício degradado do centro do Porto. O imóvel foi reconvertido em 5 habitações e num comércio de rua.
O edifício existente, construído no final do século XIX, tinha sido pouco alterado com o passar dos tempos.
Os seus espaços conservavam as particularidades volumétricas, estéticas e construtivas da sua época. Estas, caracterizavam e hierarquizavam os espaços de acordo com as suas funções e a sua relevância social, de acordo com os valores e costumes, então em vigor.
Além disso, o imóvel apresentava particularidades que o diferenciavam do padrão dos edifícios de habitação burguesa seus contemporâneos. O lote de terreno, confinante com os jardins do Museu Soares dos Reis, pequeno e completamente ocupado pela casa, era mais largo que o habitual, mas pouco profundo. A fachada tardoz era cega. O rés do chão só tem uma fachada com luz.
O 1º andar apresentava, apenas, um postigo na empena sul.
Assim, o edifício evidenciava soluções arquitectónicas decorrentes dos seus constrangimentos.
Com mais dois pisos que os vizinhos, destaca-se da cércea deles, e isso permitiu ter janelas nas empenas laterais que permitiram iluminar e ventilar o seu interior. Foram também elementos decisivos na definição da estratégia para a concepção do projecto: a varanda coberta, no 3ºandar, com uma vista extraordinária sobre a cidade; os dois níveis habitáveis do vão do telhado, com águas furtadas; as enormes janelas, na fachada sobre a Rua do Rosário; o requinte das carpintarias interiores, em razoável estado de conservação.
Assim, ao projecto coube trabalhar os atributos mencionados e potenciá-los como factores de diferenciação e de valorização dos apartamentos e da loja a criar.
Foram recuperadas as escadas e corrimãos, rodapés, lambris, aros, guarnições e portas. Reproduziram-se janelas na sua forma e modo de funcionamento.
Em consequência, a atmosfera de época do edifício foi preservada para fruição dos futuros utilizadores.
Ao mesmo tempo, foi conseguida muito boa e confortável iluminação natural de todos os compartimentos de habitação, a par das vistas sobre a cidade desfrutáveis a partir de qualquer um deles.
A luz do dia, amplificada pelo efeito dos altos tectos da maioria dos compartimentos, adquiriu um papel decisivo na qualificação do ambiente dos espaços criados.
A enorme varanda do 3º andar, voltada a sul, foi integrada no espaço interior do apartamento adjacente.
O compartimento daí resultante proporciona uma perspectiva aprazível sobre o jardim do Museu Soares dos Reis e uma vista extensa e encantadora sobre a cidade.
As tipologias dos apartamentos criados são 4 T0 e 1 T1 duplex, todos eles concebidos a partir dos espaços pré existentes.
Não foi demolida qualquer parede existente neste processo.
A loja, com montra voltada para à rua do Rosário, é complementada por um escritório ou pequeno armazém em sobre-loja.
O edifício existente, construído no final do século XIX, tinha sido pouco alterado com o passar dos tempos.
Os seus espaços conservavam as particularidades volumétricas, estéticas e construtivas da sua época. Estas, caracterizavam e hierarquizavam os espaços de acordo com as suas funções e a sua relevância social, de acordo com os valores e costumes, então em vigor.
Além disso, o imóvel apresentava particularidades que o diferenciavam do padrão dos edifícios de habitação burguesa seus contemporâneos. O lote de terreno, confinante com os jardins do Museu Soares dos Reis, pequeno e completamente ocupado pela casa, era mais largo que o habitual, mas pouco profundo. A fachada tardoz era cega. O rés do chão só tem uma fachada com luz.
O 1º andar apresentava, apenas, um postigo na empena sul.
Assim, o edifício evidenciava soluções arquitectónicas decorrentes dos seus constrangimentos.
Com mais dois pisos que os vizinhos, destaca-se da cércea deles, e isso permitiu ter janelas nas empenas laterais que permitiram iluminar e ventilar o seu interior. Foram também elementos decisivos na definição da estratégia para a concepção do projecto: a varanda coberta, no 3ºandar, com uma vista extraordinária sobre a cidade; os dois níveis habitáveis do vão do telhado, com águas furtadas; as enormes janelas, na fachada sobre a Rua do Rosário; o requinte das carpintarias interiores, em razoável estado de conservação.
Assim, ao projecto coube trabalhar os atributos mencionados e potenciá-los como factores de diferenciação e de valorização dos apartamentos e da loja a criar.
Foram recuperadas as escadas e corrimãos, rodapés, lambris, aros, guarnições e portas. Reproduziram-se janelas na sua forma e modo de funcionamento.
Em consequência, a atmosfera de época do edifício foi preservada para fruição dos futuros utilizadores.
Ao mesmo tempo, foi conseguida muito boa e confortável iluminação natural de todos os compartimentos de habitação, a par das vistas sobre a cidade desfrutáveis a partir de qualquer um deles.
A luz do dia, amplificada pelo efeito dos altos tectos da maioria dos compartimentos, adquiriu um papel decisivo na qualificação do ambiente dos espaços criados.
A enorme varanda do 3º andar, voltada a sul, foi integrada no espaço interior do apartamento adjacente.
O compartimento daí resultante proporciona uma perspectiva aprazível sobre o jardim do Museu Soares dos Reis e uma vista extensa e encantadora sobre a cidade.
As tipologias dos apartamentos criados são 4 T0 e 1 T1 duplex, todos eles concebidos a partir dos espaços pré existentes.
Não foi demolida qualquer parede existente neste processo.
A loja, com montra voltada para à rua do Rosário, é complementada por um escritório ou pequeno armazém em sobre-loja.