
A reabilitação e ampliação no Bonjardim resulta da reconversão de uma antiga casa burguesa, a par da construção de um novo volume justaposto ao edifício existente, culminando na criação de oito apartamentos imbuídos do "espírito do lugar", mas contemporâneos e funcionais.
Construída no início do século XX, a antiga moradia ocupava toda a frontaria do terreno, a partir da qual se acede ao logradouro.
O terreno é profundo e eleva-se acentuadamente, estruturado em socalcos suportados por altos muros de granito. O acesso a estes socalcos é feito através de diversos lanços de escadas alinhadas ao longo do muro de meação a sul.
O edifício parecia ter sido construída em várias fases, sendo a última, a ampliação de volume sobre o talude adjacente com 6 metros de desnível. Esta ampliação, já muito degrada e ameaçando ruir, era a única parte da casa cujos compartimentos davam acesso directo ao que, outrora, foi um jardim.
O corpo do edifício original, que conta com quatro pisos (incluindo um andar recuado de área reduzida), possuí uma escada central iluminada por uma grande claraboia que repousava sobre uma abóbada ornamentada com motivos vegetais em gesso moldado, e que não resistiu ao abandono.
A casa encontrava-se devoluta há vários anos e apresentava um estado de degradação avançado. As entradas de água da chuva eram abundantes o que abalou estruturalmente o piso recuado e degradou irremediavelmente todos os tectos decorados, em gesso, de todos os compartimentos, ao longo dos vários pisos.
O projeto de arquitectura pressupôs a substituição do volume pré existente assente sobre o talude, pela construção de um novo corpo de três pisos, em seu lugar. Esta decisão implicou um importante corte no talude, nivelando o terreno com o piso de entrada, dando origem a um jardim e, ao mesmo tempo, melhorou em grande medida a iluminação natural, a exposição solar e o horizonte visual de todos os compartimentos confinantes. A fachada tardoz da velha casa ficou desafogada e valorizada.
A nova contenção das terras é feita através de um muro de gabiões dispostos em escada. Com esta solução pretende-se valorizar a imagem visual da envolvente do jardim resultante.
O projecto organiza apartamentos no velho edifício e no novo volume construído.
Critérios diferentes foram adoptados para o desenho e configuração dos apartamentos contidos no edifício existente e os de novo volume edificado. Os primeiros, maximizam as qualidades luminosas de de exposição solar dadas pelas janelas e portas de acesso às varandas e do efeito dos tectos altos, na percepção abonatória dos espaços da salas e quartos. A funcionalidade dos apartamentos foi pensada de modo a ser um forte contributo para vivência confortável nas habitações. O edifício original remanescente abriga 6 apartamentos, um dos quais prolonga-se pelo novo volume projectado dando origem a uma habitação de três quartos. Os outros cinco são habitações de um quarto, com configurações adaptadas às qualidades potenciais de cada espaço, numa linguagem visual actual, cumprindo os padrões de conforto exigíveis dos nossos dias. No entanto, serão preservados e evidenciados os aspectos e detalhes de época que lhes agregam valor.
Na nova edificação são desenvolvidos 2 novos apartamentos de dois quartos, com funcionalidade contemporânea. Estes foram desenhados de modo a maximizar o efeito da luz do Sol, a Sul, no conforto visual das salas e quartos, sem compromissos com o passado.
No edifício existente, as fachada e as escadas de acesso aos pisos superiores são repostas na sua aparência original.
O 2º andar do volume ampliado, destinado ao apartamento que se distribuirá entre o velho edifício e a nova construção é acedido a partir do edifício existente. No entanto, este apartamento terá acesso e o uso exclusivo da plataforma ajardinada adjacente. As restantes plataformas ajardinadas serão de acesso e uso comum a todos os moradores.
A reabilitação e ampliação no Bonjardim visa não apenas a criação de 8 frações habitacionais (destinadas a habitação e alojamento local), mas também a implementação de práticas sustentáveis que permitam atingir níveis reduzidos de consumo de energia não renovável, sem comprometer o conforto dos residentes.
Este projeto pretende valorizar a memória do lugar, reintroduzindo a pré existência na vida urbana através de uma arquitetura precisa, equilibrada e humana.
Construída no início do século XX, a antiga moradia ocupava toda a frontaria do terreno, a partir da qual se acede ao logradouro.
O terreno é profundo e eleva-se acentuadamente, estruturado em socalcos suportados por altos muros de granito. O acesso a estes socalcos é feito através de diversos lanços de escadas alinhadas ao longo do muro de meação a sul.
O edifício parecia ter sido construída em várias fases, sendo a última, a ampliação de volume sobre o talude adjacente com 6 metros de desnível. Esta ampliação, já muito degrada e ameaçando ruir, era a única parte da casa cujos compartimentos davam acesso directo ao que, outrora, foi um jardim.
O corpo do edifício original, que conta com quatro pisos (incluindo um andar recuado de área reduzida), possuí uma escada central iluminada por uma grande claraboia que repousava sobre uma abóbada ornamentada com motivos vegetais em gesso moldado, e que não resistiu ao abandono.
A casa encontrava-se devoluta há vários anos e apresentava um estado de degradação avançado. As entradas de água da chuva eram abundantes o que abalou estruturalmente o piso recuado e degradou irremediavelmente todos os tectos decorados, em gesso, de todos os compartimentos, ao longo dos vários pisos.
O projeto de arquitectura pressupôs a substituição do volume pré existente assente sobre o talude, pela construção de um novo corpo de três pisos, em seu lugar. Esta decisão implicou um importante corte no talude, nivelando o terreno com o piso de entrada, dando origem a um jardim e, ao mesmo tempo, melhorou em grande medida a iluminação natural, a exposição solar e o horizonte visual de todos os compartimentos confinantes. A fachada tardoz da velha casa ficou desafogada e valorizada.
A nova contenção das terras é feita através de um muro de gabiões dispostos em escada. Com esta solução pretende-se valorizar a imagem visual da envolvente do jardim resultante.
O projecto organiza apartamentos no velho edifício e no novo volume construído.
Critérios diferentes foram adoptados para o desenho e configuração dos apartamentos contidos no edifício existente e os de novo volume edificado. Os primeiros, maximizam as qualidades luminosas de de exposição solar dadas pelas janelas e portas de acesso às varandas e do efeito dos tectos altos, na percepção abonatória dos espaços da salas e quartos. A funcionalidade dos apartamentos foi pensada de modo a ser um forte contributo para vivência confortável nas habitações. O edifício original remanescente abriga 6 apartamentos, um dos quais prolonga-se pelo novo volume projectado dando origem a uma habitação de três quartos. Os outros cinco são habitações de um quarto, com configurações adaptadas às qualidades potenciais de cada espaço, numa linguagem visual actual, cumprindo os padrões de conforto exigíveis dos nossos dias. No entanto, serão preservados e evidenciados os aspectos e detalhes de época que lhes agregam valor.
Na nova edificação são desenvolvidos 2 novos apartamentos de dois quartos, com funcionalidade contemporânea. Estes foram desenhados de modo a maximizar o efeito da luz do Sol, a Sul, no conforto visual das salas e quartos, sem compromissos com o passado.
No edifício existente, as fachada e as escadas de acesso aos pisos superiores são repostas na sua aparência original.
O 2º andar do volume ampliado, destinado ao apartamento que se distribuirá entre o velho edifício e a nova construção é acedido a partir do edifício existente. No entanto, este apartamento terá acesso e o uso exclusivo da plataforma ajardinada adjacente. As restantes plataformas ajardinadas serão de acesso e uso comum a todos os moradores.
A reabilitação e ampliação no Bonjardim visa não apenas a criação de 8 frações habitacionais (destinadas a habitação e alojamento local), mas também a implementação de práticas sustentáveis que permitam atingir níveis reduzidos de consumo de energia não renovável, sem comprometer o conforto dos residentes.
Este projeto pretende valorizar a memória do lugar, reintroduzindo a pré existência na vida urbana através de uma arquitetura precisa, equilibrada e humana.