A propriedade situa-se num local privilegiado com o domínio visual de um extenso lanço do rio Minho. Incluía o edifício do posto e um logradouro anexo.
O local estava classificado como Zona Ecológica Nacional. Em consequência, foi imperativo legal manter o perímetro de implantação do edifício existente. No entanto, foi possível elevar a cércea. E, daí resultou mais um piso, tão necessário para que a casa acomodasse um programa T3.
O antigo posto tinha 15m de comprido por 5m de largura.
Este foi o polígono de implantação sob o qual trabalhar, na concepção da moradia. A sua escassa largura do polígono determinou a estrutura da organização do espaço interior da casa.
Assim, todos os compartimentos de habitação têm uma fachada virada ao rio e outra ao sol (a sul).
A fachada norte proporciona um horizonte encantador sobre o leito do rio Minho, mas sem sol. A fachada sul tem uma óptima exposição solar, mas a paisagem não tem os atributos da fachada oposta.
A escassez de área disponível fez suscitar a ideia em que os espaços de dia (cozinha e salas) fossem também espaços de circulação entre compartimentos. Em consequência da sua adopção, poupou-se área, normalmente, consignada a vestíbulos e corredores.
Os quartos de banho aparecem, justapostos aos quartos e interpostos entre entre estes e espaços de vivência diurna. Um simples “jogo” de portas permite que sejam de uso privado do quarto adjacente, durante a noite, e de uso comum, durante o dia.
Privilegiou-se na Casa na Barca Nova o acesso directo dos compartimentos térreos ao jardim.